Os focos são contratos firmados entre 2018 e 2023 para reforma da escola. Os supostos envolvidos teriam viabilizado o pagamento à empresa de construção civil contratada, mesmo sem o serviço entregue. Segundo o MPCE, teriam sido usadas medições falsas da obra, que rendeu mais de R$ 4,1 milhões à empresa até 2024, advindos de recursos da Prefeitura de Morada Nova.
A prática pode ter gerado prejuízos ao erário e enriquecimento ilícito, além de irregularidades na obra da escola. Os investigados podem responder pelos crimes de peculato, fraude contratual, falsidade ideológica e associação criminosa.
Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em Fortaleza, Limoeiro do Norte e Morada Nova, além de dois municípios do Rio Grande do Norte, como Mossoró e Umarizal. Aparelhos eletrônicos e documentos, que irão subsidiar a investigação conduzida pelo MP do Ceará, foram apreendidos na ocasião.
A operação teve apoio do Departamento Técnico Operacional (DTO) da Polícia Civil do Ceará e do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do MP do Rio Grande do Norte.
Prefeitura se pronuncia
Sob nova direção, na figura de Naiara Castro (PSB), a Prefeitura de Morada Nova informou que tem colaborado "com os órgãos de controle e mantido uma postura proativa para garantir a lisura em todos os processos administrativos".
A nota enviada ao PontoPoder também reforça que a atual administração "está à disposição do Ministério Público e das autoridades competentes para fornecer todas as informações e documentos que possam auxiliar na investigação", reafirmando seu "compromisso com a verdade e com a justiça".
Foto: Divulgação/MPCE. Fonte - Diário do Nordeste.