O governador Elmano de Freitas (PT) anunciou, nesta quarta-feira (12), no Palácio da Abolição, em Fortaleza, um investimento de R$ 46 milhões para capacitar beneficiários do Ceará Sem Fome em áreas como gastronomia, moda, administração, beleza, prestação de serviços, tecnologia e recursos naturais.
Serão atendidas pela iniciativa cerca de 40 mil pessoas, segundo Elmano, sendo tanto as que possuem o cartão do programa, como as que trabalham nas cozinhas, também chamadas de Unidades Sociais Produtoras de Refeições (USPRs).
Com isso, o intuito do Governo é garantir que essas famílias cheguem a um patamar financeiro que as possibilite não precisar mais do auxílio do Ceará Sem Fome.
"O que nós queremos é que a família continue recebendo a quentinha, mas que chegue um momento em que ela não vai mais precisar receber", explicou o governador, em coletiva para a imprensa. E isso será possível, de acordo com ele, a partir da capacitação e da qualificação dessas pessoas, seja para o trabalho ou para terem o próprio negócio. "Elas não vão mais precisar receber a quentinha do Governo porque vão poder comprar com o próprio dinheiro", continuou o gestor.
A primeira-dama do Estado e presidente do Comitê Intersetorial de Governança do Ceará Sem Fome, Lia Freitas, também presente à cerimônia, adiantou que muitos dos cursos da iniciativa já estão em execução, alguns até concluídos. Além disso, ela falou que a ideia é que o Governo também ajude as famílias a conseguirem o crédito necessário para financiar esses pequenos negócios.
Segundo o secretário estadual do Trabalho, Vladyson Viana, os beneficiados com as capacitações para o empreendedorismo contarão com o suporte do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que dará consultoria na parte de vocação econômica, gestão de pequenos negócios, formalização e acesso ao crédito.
O superintendente do Sebrae no Ceará, Joaquim Cartaxo, explicou que a ideia é que, com a consultoria, as cozinhas se tornem pequenos negócios, "pequenos restaurantes". "O Sebrae entra para fazer formalização, para organizar empresarialmente essas pessoas, para capacitá-las para a gestão empresarial e identificar qual o mercado que elas podem ofertar seus produtos e serviços. É disso que se trata esse termo de cooperação técnica que a gente fez aqui hoje com o Governo do Estado", explicou.
Escrito por Luana Severo e Aluísio Vilar
Foto - Kid Jr.
Fonte - Diário do Nordeste.