De acordo com o cronograma, a partir do dia 30 deste mês, todos os 184 municípios já estarão abastecidos com doses das 20 vacinas direcionadas a esse público. A campanha, porém, só será lançada oficialmente no dia 2 de outubro.
Durante o evento de comemoração dos 50 anos do Plano Nacional e Imunizações (PNI), nesta segunda-feira (18), a titular da Sesa, Tânia Mara Coelho, disse que, embora o Ceará mantenha bons percentuais de cobertura vacinal diante de outros estados, houve baixa procura por vacinas contra influenza (gripe) e sarampo, por exemplo.
Além disso, Coelho reforça a necessidade de completar esquemas vacinais. Imunobiológicos que exigem duas ou mais doses, por exemplo, precisam que todas sejam tomadas para haver o efeito esperado. "A vacinação protege, salva, é um ato de solidariedade", completou a gestora. Segundo ela, a pandemia de Covid-19 provocou uma "hesitação vacinal" que deve ser revertida. "A gente tem como induzir as pessoas a voltarem a acreditar na vacinação. Se hoje a gente está aqui, sem precisar usar máscara, é por causa disso [da vacina]", argumentou.
"O que a gente puder facilitar de acesso à vacina a gente tem que fazer. Precisamos buscar a população que aceita [a vacinação], mas não está disposta [a ir ao posto de saúde]", acrescentou Luciano Pamplona, superintendente da Escola de Saúde Pública do Ceará Paulo Marcelo Martins Rodrigues (ESP/CE).
Em agosto deste ano, o Diário do Nordeste publicou que oito a cada 10 pessoas no Ceará estão sem a proteção mais atualizada contra a Covid-19. À época da reportagem, apenas 1,2 milhão de doses haviam sido aplicadas, enquanto o público apto para tomar a vacina era de 7,6 milhões de indivíduos.
A realidade estadual aponta que apenas 16,73% da população está protegida, conforme os dados da Sesa. Em Fortaleza, a situação é semelhante: somente 18,6% do público garantiu a bivalente.
Escrito por Luana Severo e Lucas Falconery . Foto - José Leomar
Fonte - Diário do Nordeste