Essas informações são utilizadas para entrar em contato com o paciente no momento de agendar a consulta pré-cirúrgica com o especialista. Ao qualificar a fila cirúrgica, a equipe entra em contato com o paciente por telefone. Caso as ligações não sejam atendidas, é feito novo contato por aplicativo de mensagem.
"Quando não há retorno, enviamos o seu nome para a cidade da última localidade, para que o município também faça essa busca", explica a coordenadora de Telessaúde e Fila Cirúrgica da Sesa, Melissa Medeiros, em comunicado da Sesa.
Quando ainda assim o paciente não é localizado, o cadastro é inativado. Isso pode ser revertido com a atualização das informações.
No último dia 10 de abril, a Sesa lançou o mutirão estadual para realização de cirurgias eletivas, que deve contemplar aproximadamente 45 mil procedimentos em unidades de saúde parceiras. Até a terça-feira, 11 de julho, 1.462 cirurgias eletivas foram realizadas. Porém, segundo informações da Secretaria, ao longo da qualificação dos primeiros 8.200 pacientes, cerca de 27% não foram encontrados.
Previsto em lei pelo Plano Estadual de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, Exames Complementares e Consultas Especializadas na rede pública de Saúde, o mutirão é realizado por meio de credenciamento de entidades com ou sem fins lucrativos.
São contempladas as seguintes especialidades: Oftalmologia, Ortopedia, Otorrinolaringologia, Cirurgia Geral, Gastroenterologia, Ginecologia, Urologia, Nefrologia, Neurologia e Vascular.
Cirurgias eletivas são aquelas que não são consideradas urgência e são programadas. “O paciente vai em uma consulta, é indicada uma possibilidade de cirurgia e, posteriormente, a pessoa é encaminhada para um serviço especializado. Esse serviço especializado vai ter um cirurgião daquela área ou um especialista que vai indicar, efetivamente, se o paciente precisa fazer uma cirurgia eletiva, ou seja, o paciente pode ter um pequeno aguardo enquanto são feitos os exames adequados”, explica a coordenadora no comunicado.
Atualmente, de acordo com a Sesa, 68.107 pessoas estão cadastradas nos sistemas de regulação do Estado e do município de Fortaleza para a realização desse tipo de cirurgia. O Plano Estadual fará cerca de 29 mil procedimentos e fará um investimento inicial de R$135 milhões.
Além do programa estadual, está em andamento no Ceará um plano do Governo Federal para a realização de 15.900 cirurgias. A iniciativa conta com recurso federal de R$25,9 milhões e contrapartida estadual é no valor de R$7,98 milhões, totalizando R$ 33,88 milhões. Com isso, os dois planos vão possibilitar a realização de aproximadamente 45 mil cirurgias.
Foto: Shutterstock. Fonte - Diário do Nordeste