O diretor de operações da Cogerh, Bruno Rebouças, lembra que a atual conjuntura fornece sinais positivos. “Nesta mesma época do ano passado, tínhamos 21% [de reserva hídrica]. É uma melhora significativa. É uma situação que ainda remete cuidados, mas é bem mais confortável quando se compara ao que já tivemos no passado”.
Mesmo com a melhora observada, Rebouças afirma que alguns açudes, como o Banabuiú, ainda não conseguiram evoluir em termos de acúmulo de água. A barragem, localizada no Sertão Central, se manteve com cerca de 8% de água, mesmo com o incremento das chuvas a partir de 2018.
O diretor de operações ainda ressalta que a distribuição da chuva não é regular no tempo e no espaço, tornando possível a existência de bacias mais confortáveis, como a metropolitana — que, segundo a Cogerh, chegou a 100% de recarga, tornando o abastecimento na região mais confortável.
Para Rebouças, a expectativa de bons aportes só pode ser concretizada com o prognóstico de chuvas. Ao final da quadra, continua, a Cogerh deve realizar reuniões com os comitês de bacia, onde vão ser definidas as operações a serem realizadas durante o período de estiagem.
Segundo a Cogerh, ainda durante o primeiro mês da quadra chuvosa, cinco açudes (Muquém, Valério, Germinal, Tijuquinha e Rosário) sangraram — ou seja, com água escoada das comportas. Castanhão e Orós, os dois maiores reservatórios do Ceará, dobraram de volume quando comparado a fevereiro de 2022. A Companhia avalia, entretanto, que é preciso esperar pela finalização da quadra chuvosa para fazer uma avaliação mais precisa do aporte hídrico no estado e do volume total de água acumulada nos açudes.