De acordo com André Tavares, engenheiro do LabSis, sismos de magnitudes acima de 1.5 podem ser sentidos pela população. Caso o evento ocorra próximo a áreas urbanas e se houver uma alta frequência de repetição, com a ocorrência de vários terremotos em um curto período de tempo, é possível que o evento cause danos a estruturas.
A ocorrência desse tipo de sismo nessa região do Ceará é comum. Segundo o Laboratório, foram 138 tremores de terra registrados no estado em 2022, sendo dez em Alcântaras e 29 em Sobral.
Um tremor ocorre quando a energia acumulada em esforços nas camadas subterrâneas da Terra é liberada na forma de ondas sísmicas (ondas mecânicas) que se propagam por essas camadas até chegar à superfície, gerando vibrações e barulho.
Nas bordas das placas tectônicas essa energia é mais intensa. A Turquia, por exemplo — local atingido no dia 6 de fevereiro por um terremoto de intensidade 7.6 na Escala Richter — está em uma zona bastante ativa, localizada entre três placas tectônicas que se encontram.
Já o Brasil está no meio de uma das placas tectônicas que compõem a litosfera (camada mais superficial da Crosta Terrestre). Assim, os terremotos registrados por aqui têm menores intensidades e magnitudes. No interior dessa placa há fissuras, chamadas de falhas tectônicas, onde é gerada a maior parte dos terremotos do País.
Autor Taynara Lima
(foto: Divulgação/ Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte)
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