O sumiço foi notado pela agência logo no início da manhã, conforme relatado pelo delegado Charles Pessoa, do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) ao G1 do Piauí. Em um primeiro momento, a hipótese era de que o bancário, de 39 anos, que havia faltado ao trabalho, houvesse sido sequestrado.
No entanto, conforme as investigações da corporação avançaram, a possibilidade foi descartada, segundo relatado por Pessoa. De acordo com a Polícia Militar do Ceará (PMCE), ele foi capturado no município do litoral do Estado depois que as equipes policiais receberam denúncias sobre um homem conduzindo um carro, com placa do estado vizinho, em atitude suspeita.
No veículo que o acusado dirigia, os agentes depararam-se com uma das chaves do cofre da agência e R$ 21 mil, que o funcionário não soube explicar a procedência, além de cartões bancários e dois aparelhos celulares. A quantia total do valor furtado, entretanto, não pôde ser encontrada.
Ainda conforme o delegado Pessoa disse ao G1, a polícia chegou a ir até a residência do suspeito e lá achou outra parte do valor. Os familiares do funcionário, presentes no local, afirmaram não saber o que estava acontecendo, revelando acreditar que ele estava no trabalho.
Capturado, o homem disse sofrer de problemas psicológicos. Apesar da afirmação, ele ainda deverá responder pelo crime de peculato. O delito, previsto no código penal, caracteriza-se pela apropriação ou desvio de algum bem, feita por um agente público, que se aproveita da função que ocupa para benefício próprio ou de terceiro.
Se condenado, o suspeito poderá permanecer preso de 2 a 12 anos, e receber uma multa.
De acordo com Pessoa, a corporação aguarda relatório técnico para entender como o furto aconteceu. Por enquanto, já se sabe que o funcionário teve acesso ao cofre do banco, mas ainda não é possível confirmar se ele realizou o roubo de uma só vez, ou se fez diferentes furtos durante um certo período de tempo.
Diário do Nordeste