Os números foram divulgados nesta quarta-feira, 8, pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). A pasta já havia divulgado, na terça-feira, 7, que Fortaleza registrou 51 CVLIs em janeiro, o que foi o melhor resultado da Capital desde novembro de 2019. Foi uma redução de 22,7% em comparação com janeiro de 2022.
Apesar disso, nos demais municípios da Região Metropolitana de Fortaleza, foi observado um aumento de 40,35% no número de CVLIs. O pior resultado foi registrado na Área Integrada de Segurança (AIS) 24, que engloba os municípios de Maranguape, Pacatuba e Guaiúba.
No último mês de janeiro, foram 20 CVLIs na região, contra 9 que haviam sido computados em janeiro de 2022. O pior cenário é observado em Guaiúba, que, como O POVO mostrou em 18 de janeiro, teve sete assassinatos nos primeiros 18 dias do ano — metade de todos os 14 homicídios registrados em todo o ano de 2022.
Já nos municípios do Interior, foi registrada uma pequena redução. Enquanto em janeiro de 2022, 128 homicídios haviam sido registrados nos municípios interioranos, neste ano, foram 120 homicídios. Destaque para a AIS 22 (onde estão Tauá, Quiterianópolis, Parambu, Arneiroz, Aiuaba, Catarina, Mombaça e Piquet Carneiro) que não registrou nenhum assassinato em janeiro.
Entre as dez AIS que a SSPDS divide a Capital, nove registraram redução no número de assassinatos. A AIS 1 não registrou homicídios em janeiro — a região engloba os bairros Cais do Porto, Vicente Pinzón, Mucuripe, Aldeota, Varjota, Praia de Iracema e Meireles.
A única AIS a registrar aumento de homicídios foi a AIS 5, que teve quatro homicídios em janeiro de 2022 e, neste ano, teve cinco homicídios. Lá, estão 19 bairros, entre eles, Parangaba, Benfica, Montese e Fátima.
Ao comentar os resultados de Fortaleza, o secretário Samuel Elânio afirmou que metodologias que obtiveram sucesso na redução de CVLIs na Capital seriam levadas também para os demais municípios. “Isso é exatamente fruto do trabalho integrado do uso da inteligência, tanto da Secretaria, como das Polícias Civil e Militar, que estão presentes em territórios, onde identificamos a atuação de criminosos”, afirmou ele.
“Isso tem demonstrado que esse trabalho tem sido cirúrgico começando nas áreas mais difíceis e sendo expandido para as demais partes do Ceará”.
A SSPDS também divulgou o número de mortos em intervenção policial. Em janeiro, foram oito casos. O Estado registrou 152 mortes em intervenção policial em 2022, o que dá uma média de 12,6 casos mensais.
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