Conforme levantamento realizado pelo Diário do Nordeste, com base em dados da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), até este sábado (13), a pluviometria acumulada já é de 16,2 milímetros, o que representa 232,4% acima da média histórica (4,9 mm).
Estes números são parciais e tendem a sofrer alteração ao longo do mês. Com novos volumes pluviométricos, este média é atualizada para cima. Em um cenário hipotético mais pessimista, em que as chuvas declinem ao longo deste mês, essa média tende a sofrer atualização para baixo.
Agosto do ano de 2009 foi o mais chuvoso da sequência histórica, com acumulado de 16,4 mm.
A gerente de meteorologia da Funceme, Meiry Sakamoto, ressalta que avaliações das precipitações ainda são prematuras por se basearem "em dados parciais e preliminares". No entanto, a especialista reconhece a importância dos bons índices e aponta que "uma boa distribuição espacial das chuvas no estado sempre é bem vinda". Outros seis meses - já incluindo agosto - ficaram com chuvas além da média histórica e apenas um, o mês de abril, terminou com precipitações em torno da média.
Agosto é, até o momento, o mês que apresenta a maior variação positiva (264,4%) quando comparado à média pluviométrica. Até então, a liderança era do mês de junho (104.1%). Neste ano, março foi o que obteve o maior volume absoluto, com 265.5 milímetros acumulados em média.
Com a soma desses volumes mensais, o ano de 2022 - mesmo ainda faltando 4 meses para o final - já superou a média histórica anual em 12,5%. Até agora, a Funceme já contabiliza o acumulado médio de 900,7 milímetros, superior à normal climatológica que é de 800,6 mm.
Este já é o segundo melhor volume dos últimos dez anos, atrás apenas de 2020, cujo ano fechou com 958,6 mm acumulados, uma anomalia positiva de 19,7% ante à média pluviométrica.
Foto: Fabiane de Paula - Escrito por André Costa,
Fonte - Diário do Nordeste